O Rock in Rio mostra que legado olímpico é possível


Para a felicidade dos organizadores, esferas governamentais e público, a edição 2017 do Rock in Rio tem o Parque Olímpico da Barra como a nova Cidade do Rock. Desde o final dos Jogos Olimpicos Rio2016, muito pouco da capacidade do local foi utilizada. Um evento de música, poucos jogos de basquete, um evento de ciclismo, e a etapa do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, foram realizados no Parque Olímpico da Barra.


Luzes e atrações da Cidade do Rock que tem o Parque Olímpico da Barra como local dos shows da edição de 2017


Mesmo com a Via Olímpica aberta aos finais de semana para o lazer da população em geral, há uma enorme critica a pouca utilização do espaço que custou R$2,34 bilhões de reais. A abertura da área de lazer ocorreu no dia 21 de Janeiro de 2017, quatro meses após o encerramento dos jogos. Parece muito tempo e pouca utilização, mas o que gerou a enxurrada  de criticas e questionamentos foram as fotos de como estava a zeladoria do espaço apenas alguns meses após o sucesso que foram os jogos.

Muito se falou de legado, dos custos e de como o PO estava sendo utilizado. Comparou-se com o que foi feito em Londres e, mais uma vez, as Olimpíadas foram alvo de intensas criticas. Entretanto, algo que passou em branco nisso tudo foi que o Parque Olimpico de Londres ficou dois anos, isso mesmo, dois anos fechado. Somente para deixar o espaço mais acessível para o público em geral e os moradores da região de Stratford no subúrbio de Londres, foi gasto mais de R$1 bilhão.

O Rock in Rio mostra que quando se tem um planejamento e recursos bem utilizados, o Parque Olímpico pode ser um espaço fantástico para a população e uma fonte de recursos para a Autoridade de Governança do Legado Olímpico – AGLO. Hoje o Parque Olímpico de Londres é a mola propulsora de uma região que era uma das mais pobres e menos desenvolvidas da capital inglesa. O mesmo, certamente, poderia ser feito no Parque Radical, em Deodoro. Por dia, serão 85 mil pessoas consumindo e gerando recursos para o Município e o Estado do Rio e a cada dia que o PO permanece fechado, são impostos a menos que poderiam ser recolhidos e são menos pessoas atingidas pelo Legado Olímpico.



Estádio Olímpico de Canoagem que deveria servir à população está fechado desde o final da Rio2016. O Velódromo está com o teto e a pista danificados após um incêndio causado por um balão. O sistema anti-incêndio não estava em funcionamento


A Revista Exame entrevistou Paulo Márcio Mello que é presidente da AGLO e responsável por tocar o projeto de gestão do Parque Olímpico. Apesar de concordar com a pouca utilização do espaço, Paulo Márcio confirmou que o aluguel das Arenas 1 e 2, ao Rock in Rio, vai trazer benefícios, pois a permuta tem como objetivo a adaptação das arenas para a utilizaçao posterior por atletas e a população. E a melhor notícia dessa entrevista é que a AGLO promete para Novembro uma agenda de utilização semanal do Parque Olímpico tanto para a população geral quanto para atletas de alto rendimento! Só nos resta aguardar e conferir... 

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